A ANTIGA DINASTIA

TÍTULO: A ANTIGA DINASTIA

Escrita por: Lorena Nunes

SINOPSE:

A realeza era de fato o ponto mais alto que alguém dos tempos de antigamente queria alcançar. Mas, e se a realeza não for o suficiente? Se o ponto mais alto não for esse, então qual é?

Ser rico, ter tudo, humilhar os outros não era o suficiente para ela: a rainha da antiga dinastia possuía muitas riquezas, mas seu coração não se enchia de ambição e orgulho, pois, para aqueles que já nasceram em berço de ouro, pertencer à mais alta realeza não é o bastante. O poder não é o suficiente.

Mas um amor verdadeiro pode mudar o rumo de qualquer história. O que acontecerá quando a rainha do coração frio e cruel encontrar um amor verdadeiro?

INICIADA EM: 18/08/2016

ATUALIZADA EM: 31/08/2016

IDIOMA: Português

CATEGORIA: Originais

GÊNERO: Romance; Drama.

I CAPÍTULO: A ANTIGA DINASTIA

Meu nome é Jezebel. Rainha Jezebel. Aos dezoito anos fui prometida em casamento á um príncipe chamado Jesper Wailder, um dos sete filhos mais velhos, da segunda linhagem real mais poderosa que a minha.

Aos dezoito anos me casei. Tudo foi perfeito, a juventude traz suas boas situações. Mas depois do casamento ele morreu. Ninguém sabe o porquê. Seu corpo estava cheio de marcas de espadas e, consigo, uma rosa branca.

Eu era jovem na época, e ver meus sonhos serem espatifados junto ao meu marido foi horrível. Os sonhos de uma jovem rainha jogados ao vento.

Hoje, aos 22 anos, me tornei madura, uma rainha poderosa do um reino do franco. O meu reino era o mais temido de todos, simplesmente pelo fato de eu não ser mais uma jovem boazinha, mas sim uma rainha autoritária e cruel.

Minha linguagem real sempre foi muito cruel com os súditos, mas como era jovem pensei em mudar tudo com minha doce e boa vontade. Eu estava errada, mas agora estava agradecida pela morte do meu marido Jesper Wailder, que descanse em paz.

Logo o dia começou no castelo. Eu tinha um conselheiro real, ele sabe de todos os meus segredos até os mais íntimos. Demétrio é o nome dele, uns dois anos mais velho que eu, tem cabelos castanhos meio ondulados, o cabelo dele vive na lateral dando-lhe certo charme.

Nessa manhã em questão, acordei bem cedo. Demétrio bateu na porta do meu quarto. Eu abri a porta e andei com ele até o meu trono.

Nesse dia eu estava usando um vestido preto com uma pequena calda, um colar com pedras de diamantes, os cabelos claros, estava trançados na lateral e a coroa, é claro! Sentei-me no trono e Demétrio ficou logo do lado em pé. Os guardas entraram no palácio, com três homens jovens, eles estavam acorrentados e ajoelhados todos perto do trono.

_Eles são suspeitos de traição, majestade – afirmou o guarda impulsivo e meio ofegante.

_Traição ao reino – falei olhando em seus olhos meio assustados –  porque os três traíram a mim? Perguntei com um certa calma, mais eles não me responderam, mudei minha expressão pra séria, me levantei caminhei até eles, parei bem na frente do que estava no meio, os levantei seu queixo fazendo-o olhar para mim.

_Porque traíram sua majestade? – apertei o seu queixo e perguntei já sem paciência – porque me trairiam responda!

Ele estava muito assustado e trêmulo, mesmo assim respondeu com uma voz amedrontada:

_Nunca faríamos isso com você majestade.

Soltei seu queixo, virei-me para meu trono e dei um passo.

_Então porque estão sendo acusados? Falei de costas com o pesco em um ângulo de oitenta graus. Se fossem inocentes não estariam aqui certo? Ele eu engoliu em seco. Mas eu não acredito que meus guardas não se enganariam com relação a isso.

_Por favor, majestade, tenha piedade! Somos inocentes suplicou um eles.

Virei-me e andei em sua direção. Quando estava parada em sua frente, levantei meu braço direito em direção a um guarda, que me trouxe uma espada.

_Então você é inocente?

Ele balançou a cabeça positivamente. Apontei a espada em seu pescoço.

_Como posso acreditar em vocês?

Ele engoliu seco.

_Majestade nunca faríamos isso. Por favor, tenha piedade!

Dei um sorriso. Ele respirou aliviado, mas ainda com medo. Sem pensar, dei-lhe um golpe rápido no pescoço que o matou na hora.

_Se eu tivesse piedade de todos não estaria aqui. Segui em direção ao meu trono. Sentei-me e Demétrio me deu um lencinho branco para eu limpar alguns respingos de sangue.

Os guardas retiraram o corpo daquele homem e um deles perguntou:

_O que faço com os outros, majestade?

Olhei para os dois e depois para os guardas.

_Corte as cabeças.

Os guardas levaram os dois homens que suplicaram por misericórdia. Demétrio abriu um pergaminho e duas pessoas entraram

_Vossa alteza, essa duas pessoas estão aqui por causa de uma vaca que foi emprestada a um que levou por alguns dias e agora não quer devolver – disse Demétrio.

_Quem é o dono da vaca? – perguntei. Um dos homens levantou o braço. – Se você emprestou a ele e ele não quer devolver, só há uma coisa que possa fazer: partam a vaca em duas e dê um pedaço para cada um. Os dois se assustaram e saíram do palácio.

Logo depois um comerciante de escravos entrou no palácio com seus escravos.

_Vossa alteza de Franco, sou apenas um simples vendedor de escravos e lhe trouxe esses da melhor qualidade. Eles são bem jovens e fortes, além de belos.

_De onde são? Disse indo na mesma direção do comerciante.

_Eles são da Inglaterra, senhora.

_Inglaterra? Hum...

Todos eram de fato muito bonitos, mas só me interessei por três deles. Fez um sinal e um guarda veio na minha direção.

_Sim, majestade!

Apontei para os três homens. O guarda pegou as correntes.

_Muito obrigado, majestade! – disse o vendedor.

 Fiz um gesto de vá embora e subi ao trono.

Algumas horas resolvendo alguns casos, já estava cansada.

_Demétrio, resolva essas coisa para mim. Não estou, com cabeça hoje.

Ele assentiu que sim. Levantei-me e fui ao jardim. Uma servente apareceu com roupas dobradas.

_Majestade, quer que eu vista seus escravos?

Peguei uma das roupas e vi que era de empregados.

_Vista-os como reis exóticos.

Ele ficou meio envergonhado e abaixou sua cabeça.

_Sim senhora. – Ela saiu. Eu me sentei em um banco florido.

Logo depois Demétrio apareceu.

_Senhora, o rei da Europa está a sua espera, o que eu digo?

_Traga-os até mim.

_Sim senhora.

Algum tempo depois ele apareceu. com o rei que também era viúvo aos trinta anos ele era cordial, muito bonito e olhos azuis. Quase mais bonito que os lagos cristalinos, ele me cumprimentou com um beijo na mão.

_Rainha Jezebel e uma hora conhecê-la finalmente, dei um sorriso malicioso.

_O prazer e todo meu. Rei Jamem Sandres.