PRODUÇÃO COLETIVA


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Título: JOÃO DE SANTO CRISTO: O DESTINO CONSTRUÍDO

Escrita por: Alunos do 9º ano “A” da Escola Coronel João Pinheiro (2016)

Sinopse
O destino é uma estória pré-escrita que você não pode mudar ou será apenas uma designação para as conseqüências de suas próprias escolhas? Nessa versão você conhecerá um João de Santo Cristo que superou as circunstâncias e as injustiças sociais da vida. Como João de Santo Cristo vencerá as dificuldades e escreverá seu próprio destino? Acompanhe a fic e você saberá o desfecho dessa nova estória.

Idioma: Português
Gênero: Ação, aventura, drama.
Categoria: Faroeste Caboclo

Aviso Legal: Os personagens desse texto não são de minha propriedade intelectual, eles são baseados na música Faroeste Caboclo de Renato Russo. Os demais personagens foram criados por mim. Esse texto não tem nenhuma finalidade de obter lucros financeiros.

Capítulo único: O DESTINO CONSTRUÍDO

Quando era criança, João de Santo Cristo conheceu uma menina linda. Chamava-se Maria Lúcia. Todos os domingos João de Santo Cristo ia à Igreja só para roubar o dinheiro que as velhinhas colocavam na caixinha do altar. Mas, num desses domingos, viu entrar na Igreja a menina mais bonita que ele já havia visto. Ela estava entrando na Igreja com sua mãe. Era uma menina morena, cabelos cacheados e volumosos e um sorriso contagiante. João ficou admirado, mas não esqueceu sua missão àquela Igreja, conseguir o dinheiro de realizar seu grande sonho: viajar para conhecer o mar e todas as outras belezas que no mundo havia.
João sentou-se, como de costume, no primeiro banco da Igreja a fim de ficar mais próximo das caixinhas onde os fiéis depositavam suas ofertas. Assim, ele poderia pegar parte daquele dinheiro discretamente, sem que ninguém notasse. Entretanto, naquele dia, descuidou-se, tropeçou no altar. Por causa desse descuido, Maria Lúcia, que sentara-se com sua mãe no 3º banco, notou o que ele pretendia fazer. João assustou-se, pensou que ela poderia denunciá-lo. Mas Maria Lúcia deu apenas uma risadinha discreta e um sorriso de cumplicidade.
Após aquele acontecimento, João foi à Igreja alguns outros domingos. Porém, não chegou mais a ver aquela menina que o encantara.
Muito tempo se passou. João consegui juntar dinheiro e, com esse dinheiro, viajou para Salvador. Lá, ao entrar em um cafezinho, encontrou um boiadeiro. Eles conversaram bastante. João descobriu que aquele senhor tinha uma passagem para Brasília, mas, como precisava visitar uma filha doente em Salvador, perderia a passagem. No entanto, ao saber do sonho de João de viajar e conhecer o mundo, o boiadeiro ofereceu-lhe sua passagem à Brasília.
Ao chegar em Brasília, João admirou-se muito com a beleza da cidade. Era a época de festas do final de ano. João esperou o ano terminar. No ano novo saiu à procura de emprego. Por não possuir formação acadêmica, João precisou aceitar uma vaga como aprendiz de carpinteiro.
O dinheiro que João ganhava como aprendiz era muito pouco. Para esquecer as dificuldades pelas quais passava, João ia todas às sextas-feiras para as festas realizadas nas periferias. Numa dessas festas, João teve duas surpresas: a primeira foi reencontrar um neto bastardo de seu bisavô. A segunda surpresa foi ainda mais agradável. Enquanto curtia uma festa bebendo e conversando, seu primo Pablo apresentou-lhe uma garota muito bonita chamada Maria Lúcia. O nome da garota não lhe inspirou nenhuma familiaridade, mas o sorriso dela parecia-lhe tão conhecido quanto a própria palma a mão. Mas quem seria ela?
A resposta a essa pergunta João teve após vários encontros nos quais as palavras já eram ditas ente beijos e carícias apaixonadas. Em um desses encontros, João e Maria Lúcia descobriram que tinham o mesmo lugar de origem. Surpresos, lembraram-se do primeiro encontro na Igreja.
João, que já estava apaixonado por Maria Lúcia, ficou ainda mais encantado ao descobrir que era a mesma garota que lhe encantara com apenas um sorriso há alguns anos atrás. Pensou logo que poderia se casar com Maria Lúcia, mas, diante das dificuldades financeiras, temeu pedir a mão de sua amada em casamento.
Entretanto, passado alguns dias, seu primo Pablo fez-lhe uma proposta: queria que João o ajudasse a traficar drogas da Bolívia para o Brasil. Mesmo temendo o perigo, João aceitou. Pensou consigo mesmo “será por pouco tempo”. Logo, logo, João estava envolvido no crime com seu primo Pablo. Os perigos eram enormes, mas João sempre pensava que poderia sair daquela vida no momento que quisesse.
Quando achou que já tinha dinheiro suficiente pensou “eu vou me embora, vou ver Maria Lúcia, já está no tempo de a gente se casar”. Assim que falou com Pablo sobre seus planos, um dos chefes do tráfico chamado Jeremias, muito temido na região, não aceitou a decisão de João. Alegou para os outros membros que João ira trair e entregar todos à polícia. Por isso, ordenou também que sequestrassem Maria Lúcia até que João mudasse de ideia.
Quando soube do ocorrido, João pediu ao seu primo Pablo uma Winchester 22 e saiu a procurar por Maria Lúcia em toda a região dominada pelo tráfico. Encontrou o local na Ceilândia em frente ao lote 14.
O lugar estava repleto de traficantes armados. Mas João, que estava cheio de ódio por dentro, desafiou logo o Jeremias. Resolveu não atirar até que Jeremias disparasse primeiro.
Jeremias riu ironicamente quando viu João de Santo Cristo, perguntando-lhe: “veio atrás de seu bichinho de estimação? Pois ela está aqui”. Nisso, um de seus comparsas empurrou Maria Lúcia, fazendo-a cair no chão. No instante em que Jeremias descuidou da arma para amparar Maria Lúcia, Jeremias atirou nele pelas costas. Mas Maria Lúcia consegui pegar a Winchester 22 e entregou nas mãos de João.
João pegou a Winchester 22 e disse para Jeremias: “Jeremias, eu sou homem, coisa que você não é e não atiro pelas costas não. Nisso, João disparou 5 tiros em Jeremias que veio a falecer na mesma hora.
Depois disso, a polícia apareceu. Como João estava muito ferido, foi levado para o hospital. Após sua recuperação, ele respondeu ao processo pela morte de Jeremias pagando, assim, por todos os erros que cometera.
Durante todo o tempo em que esteve preso, Maria Lúcia não o abandonou. Alguns anos depois, quando começou a cumprir parte da pena em liberdade, João passou a estudar, terminou o Ensino Médio, fez vestibular e, depois, formou-se em Direito.
Ao se formar, João passou a defender os casos de crianças e adolescentes que entram na vida do crime por não terem direito à escola de qualidade. João fundou uma ONG que manteve as primeiras escolas em tempo integral nas periferias de Brasília. Dessa forma, impediu que várias crianças em situação de risco ingressasse na vida do crime.
O projeto de João, das escolas em tempo integral, virou referência mundial pelo qual mereceu uma indicação ao prêmio Nobel da Paz.
Hoje João, muito velhinho, vive feliz ao lado de sua amada Maria Lúcia com quem teve 5 filhos.

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